Foto Victor Ferreira/ECV/
Com um gol aos 50 minutos do segundo tempo, no último lance do jogo, o Vitória derrotou o CRB por 1 a 0 e segue líder do Campeonato Brasileiro. Ao final da partida, durante a coletiva, o técnico Léo Condé ponderou que Série B é bem disputada, e enalteceu a equipe adversária.
Léo Condé começou falando sobre a felicidade de o time ter voltado a vencer após dois jogos com derrotas.
“A gente sai muito feliz pelo resultado positivo, mas gostaria de construir de uma forma mais tranquila. No primeiro tempo, a gente estava muito afoita, querendo resolver de qualquer maneira, com muita ligação direta. Ficamos muito afastados e perdemos a segunda bola. Com isso, a equipe deles ganhou confiança no jogo e criou dificuldade. Poderiam ter aberto placar se não fosse o Lucas (Arcanjo). No intervalo a gente ajustou, pedi para jogar mais próximo, ter paciência com a bola e ser agressivo na marcação”.
Após um primeiro tempo abaixo, Léo reconhece que no segundo o Vitória apresentou outra postura em campo e explica:
“A partir do momento que diminuímos o espaço deles, principalmente no Anselmo Ramon, conseguimos fazer um segundo tempo muito bom. Poderíamos ter feito o gol um pouco antes. Criamos situações para isso. Naturalmente que eles também tiveram chances. É uma equipe experiente”.
Léo garantiu que gosta de ter na equipe um meia organizador e lamenta a contusão de Giovanni Augusto. Além disso, afirmou que suas equipes são sempre ofensivas.
“Eu falo isso desde que cheguei aqui, quero um Vitória ofensivo, protagonista. Quero uma equipe que jogue. Mesmo no clássico (BA-VI pela Copa do Nordeste) que empatamos de 1 a 1, a gente já tinha jogado com quatro atacantes. Eu gosto de um meia organizador, mas vamos testar alternativas. Não vamos desistir de ninguém. Não desisti do Lucas Arcanjo, que hoje fez mais uma grande partida. Eu sabia que o Wellington Nem ia ter oportunidade em algum momento, e teve hoje. Não vamos desistir de ninguém. No ataque podemos precisar jogar com quatro atacantes outras vezes. Matheusinho pode jogar pelo meio e pela ponta, como faz Everton Ribeiro no Flamengo”.
Justificou a troca de Camutanga por João Victor – o zagueiro apresentou uma síndrome gripal e por pouco não jogava – e analisou a estreia de Felipe Vieira, que também entrou no intervalo:
“A opção por Felipe foi porque vem fazendo bem os treinamentos. Ele faz bem as chegadas pelo fundo, é quase um ala. O jogo estava pedindo um atleta com essas características. Segurei mais o Zeca e abri o Wagner (Leonardo) para termos jogadas de linha de fundo pelo lado esquerdo. Marcelo vem jogando muito e está se desgastando. Para o primeiro jogo, Felipe Vieira pode sentir um pouco da pressão de um jogo de três pontos, que é diferente de jogo treino, e a falta de ritmo também. Mas é um jogador com potencial para nos ajudar ao longo da Série B”.
Sobre Matheusinho, revelou que o atacante sentiu e pediu a substituição: “Vamos esperar o dia de amanhã para a avaliação médica do atleta”, acrescentou.